Quem é quem nos transportes do ABC
Movimentos por melhorias dos transportes continuam. Além de tarifa, população quer que seja deixada clara a estrutura das empresas na região
ADAMO BAZANI – CBN
As movimentações contra os valores das tarifas de ônibus municipais
praticadas no ABC Paulista continuam neste sábado e também na próxima
semana.
O PSOL entregou nesta quinta-feira, no Consórcio Intermunicipal do ABC, um pedido de pauta para que os prefeitos da região discutam a questão dos transportes coletivos na próxima reunião, no dia 04 de fevereiro.
O partido, junto com outros grupos, quer a revisão das tarifas, uma audiência pública, a abertura das planilhas das empresas de ônibus, inclusive com a relação das margens de lucros e a descrição da estrutura dos sistemas, já que há suspeitas de monopólio ou oligopólio entre as viações.
As companhias de outras regiões que tentam operar no ABC, até mesmo com padrão de qualidade mais elevado e vencendo licitações, acabam sofrendo retaliações.
“Qualquer prefeito pode revogar os valores de tarifas, não adianta colocar a culpa nas administrações passadas. Em relação ao monopólio, as prefeituras sempre foram omissas. Há indícios de financiamento de campanhas de prefeitos e vereadores por parte das empresas de ônibus já arraigadas no ABC” – disse Marcelo Reina, presidente do PSOL de Santo André.
Neste sábado, será realizado um protesto às 10 horas no calçadão Oliveira Lima, em Santo André, e às 14 horas, no Paço Municipal de São Bernardo do Campo.
Em Mauá, o grupo da rede social “Política Sim, Patifaria Não”, se encontrou com representantes da Secretaria de Mobilidade Urbana e da Prefeitura.
Foi entregue uma pauta de reivindicações. O grupo pede redução nas tarifas de ônibus, redução dos atrasos e melhoria da frota, principalmente do lote 01, operado pela Viação Cidade de Mauá, do empresário Baltazar José de Sousa.
“Também queríamos saber os motivos da manobra da prefeitura, no ano passado, de colocar a Viação Estrela de Mauá no lote 02, da Leblon, sendo que é o Lote 01 que precisa de melhorias mais intensas.” – disse Rafael Rodrigues, um dos representantes do grupo.
Apesar de ser recebido pelo poder público, o encontro não foi satisfatório completamente
“Foi positivo porque apresentamos nossas propostas, mas frustrante pelo fato de eles (poder público) não se terem se disposto a participar de uma audiência pública com a população” – disse Rafael Rodrigues.
Uma nova manifestação deve ser realizada na quarta-feira, dia 30 de janeiro, às 15 horas em Mauá. O grupo vai se reunir nas imediações do terminal central de ônibus e caminhar até a Prefeitura.
EMPRESÁRIOS DE ÔNIBUS:
Uma das reivindicações de diversos grupos no ABC é a transparência na estrutura das empresas de ônibus.
Há uma concentração dos serviços sob responsabilidade de poucos empresários, muitos deles parentes e associados.
As novas empresas que chegam ao ABC enfrentam dificuldades para se estabelecerem, mesmo ganhando as licitações.
Segue a relação atual de empresas e empresários:
O PSOL entregou nesta quinta-feira, no Consórcio Intermunicipal do ABC, um pedido de pauta para que os prefeitos da região discutam a questão dos transportes coletivos na próxima reunião, no dia 04 de fevereiro.
O partido, junto com outros grupos, quer a revisão das tarifas, uma audiência pública, a abertura das planilhas das empresas de ônibus, inclusive com a relação das margens de lucros e a descrição da estrutura dos sistemas, já que há suspeitas de monopólio ou oligopólio entre as viações.
As companhias de outras regiões que tentam operar no ABC, até mesmo com padrão de qualidade mais elevado e vencendo licitações, acabam sofrendo retaliações.
“Qualquer prefeito pode revogar os valores de tarifas, não adianta colocar a culpa nas administrações passadas. Em relação ao monopólio, as prefeituras sempre foram omissas. Há indícios de financiamento de campanhas de prefeitos e vereadores por parte das empresas de ônibus já arraigadas no ABC” – disse Marcelo Reina, presidente do PSOL de Santo André.
Neste sábado, será realizado um protesto às 10 horas no calçadão Oliveira Lima, em Santo André, e às 14 horas, no Paço Municipal de São Bernardo do Campo.
Em Mauá, o grupo da rede social “Política Sim, Patifaria Não”, se encontrou com representantes da Secretaria de Mobilidade Urbana e da Prefeitura.
Foi entregue uma pauta de reivindicações. O grupo pede redução nas tarifas de ônibus, redução dos atrasos e melhoria da frota, principalmente do lote 01, operado pela Viação Cidade de Mauá, do empresário Baltazar José de Sousa.
“Também queríamos saber os motivos da manobra da prefeitura, no ano passado, de colocar a Viação Estrela de Mauá no lote 02, da Leblon, sendo que é o Lote 01 que precisa de melhorias mais intensas.” – disse Rafael Rodrigues, um dos representantes do grupo.
Apesar de ser recebido pelo poder público, o encontro não foi satisfatório completamente
“Foi positivo porque apresentamos nossas propostas, mas frustrante pelo fato de eles (poder público) não se terem se disposto a participar de uma audiência pública com a população” – disse Rafael Rodrigues.
Uma nova manifestação deve ser realizada na quarta-feira, dia 30 de janeiro, às 15 horas em Mauá. O grupo vai se reunir nas imediações do terminal central de ônibus e caminhar até a Prefeitura.
EMPRESÁRIOS DE ÔNIBUS:
Uma das reivindicações de diversos grupos no ABC é a transparência na estrutura das empresas de ônibus.
Há uma concentração dos serviços sob responsabilidade de poucos empresários, muitos deles parentes e associados.
As novas empresas que chegam ao ABC enfrentam dificuldades para se estabelecerem, mesmo ganhando as licitações.
Segue a relação atual de empresas e empresários:
SANTO ANDRÉ:
Tarifa: R$ 3,30
A maior parte dos transportes é operada pelo empresário Ronan Maria Pinto, também proprietário do jornal Diário do Grande ABC, apesar de as viações estarem registradas em nome de seus filhos. Há a participação de seu concunhado Baltazar José de Sousa.
Em Santo André, os transportes são divididos em dois sistemas. O Consórcio União Santo André, que foi declarado vencedor de uma polêmica licitação em 2008, sobre a empresa Júlio Simões – que ofereu um repasse maior do dinheiro das catracas à Prefeitura, e a Expresso Guarará, que em 1998 ganhou uma licitação para construir e operar o terminal e o corredor do sistema de linhas troncais e alimentadoras de Vila Luzita.
Para licitações, por causa de dívidas trabalhistas e fiscais e de associações, muitas empresas não poderiam participar do certame, então trocaram seus nomes, mas permaneceram com os mesmos donos, ônibus, funcionários e garagens.
Confira a composição:
- Consórcio União Santo André
Base Operacional 01: Viação Guaianazes (antiga Empresa Auto Ônibus Circular Humaitá) e Viação Curuçá: Ronan Maria Pinto (não aparece na Junta Comercial), Danilo Regis Fernandes Pinto, Inter-bus Transporte Urbano e Interurbano Ltda, Lidiane Helena Fernandes Pinto e Terezinha Fernandes Soares Pinto.
Base Operacional 02: Viação Vaz (antiga Viação Padroeira do Brasil Ltda): Ozias Vaz, Gustavo Augusto de Souza Vaz e Thiago Domingos de Souza Vaz
Base Operacional 03: TCPN – Transportes Coletivos Parque das Nações (não mudou de nome desde a fundação, em 1956): Antônio Carlos Sófio, Antônio Leca Pauleiro Júnior, Carlos José Sófio e Valdir Leca Paulieiro
Base Operacional 04: ETURSA – Empresa de Transportes Urbanos Rodoviários de Santo André (antiga ENSA – Expresso Nova Santo André, que por sua vez foi formada pela privatização da EPT – Empresa Pública de Santo André): liderada por Ronan Maria Pinto, em nome de familiares
Base Operacional 05: EUSA – Empresa Urbana Santo André (antiga Viação São Camilo): liderada por Baltazar José de Sousa e em nome de Baltazar José de Sousa Júnior, Dayse Baltazar Fernandes Sousa Silva, João Fernandes e Odete Maria Fernandes Sousa
- Expresso Guarará: Sistema de Vila Luzita
Expresso Guarará (antiga Viação São José, mas teve o nome mudado por conta da composição de um consórcio para construção do sistema): Sebastião Passarelli e Viação São José de Transportes Ltda
Tarifa: R$ 3,30
A maior parte dos transportes é operada pelo empresário Ronan Maria Pinto, também proprietário do jornal Diário do Grande ABC, apesar de as viações estarem registradas em nome de seus filhos. Há a participação de seu concunhado Baltazar José de Sousa.
Em Santo André, os transportes são divididos em dois sistemas. O Consórcio União Santo André, que foi declarado vencedor de uma polêmica licitação em 2008, sobre a empresa Júlio Simões – que ofereu um repasse maior do dinheiro das catracas à Prefeitura, e a Expresso Guarará, que em 1998 ganhou uma licitação para construir e operar o terminal e o corredor do sistema de linhas troncais e alimentadoras de Vila Luzita.
Para licitações, por causa de dívidas trabalhistas e fiscais e de associações, muitas empresas não poderiam participar do certame, então trocaram seus nomes, mas permaneceram com os mesmos donos, ônibus, funcionários e garagens.
Confira a composição:
- Consórcio União Santo André
Base Operacional 01: Viação Guaianazes (antiga Empresa Auto Ônibus Circular Humaitá) e Viação Curuçá: Ronan Maria Pinto (não aparece na Junta Comercial), Danilo Regis Fernandes Pinto, Inter-bus Transporte Urbano e Interurbano Ltda, Lidiane Helena Fernandes Pinto e Terezinha Fernandes Soares Pinto.
Base Operacional 02: Viação Vaz (antiga Viação Padroeira do Brasil Ltda): Ozias Vaz, Gustavo Augusto de Souza Vaz e Thiago Domingos de Souza Vaz
Base Operacional 03: TCPN – Transportes Coletivos Parque das Nações (não mudou de nome desde a fundação, em 1956): Antônio Carlos Sófio, Antônio Leca Pauleiro Júnior, Carlos José Sófio e Valdir Leca Paulieiro
Base Operacional 04: ETURSA – Empresa de Transportes Urbanos Rodoviários de Santo André (antiga ENSA – Expresso Nova Santo André, que por sua vez foi formada pela privatização da EPT – Empresa Pública de Santo André): liderada por Ronan Maria Pinto, em nome de familiares
Base Operacional 05: EUSA – Empresa Urbana Santo André (antiga Viação São Camilo): liderada por Baltazar José de Sousa e em nome de Baltazar José de Sousa Júnior, Dayse Baltazar Fernandes Sousa Silva, João Fernandes e Odete Maria Fernandes Sousa
- Expresso Guarará: Sistema de Vila Luzita
Expresso Guarará (antiga Viação São José, mas teve o nome mudado por conta da composição de um consórcio para construção do sistema): Sebastião Passarelli e Viação São José de Transportes Ltda
SÃO BERNARDO DO CAMPO:
Tarifa: R$ 3,30
São Bernardo do Campo é operado por um único consórcio de transportes, que foi formado após a privatização da ETCSBC – Empresa de Transportes Coletivos de São Bernardo do Campo:
SBCTRANS – São Bernardo Consórcio de Transportes: Auto Viação ABC Ltda, Baltazar José de Sousa, João Antônio Setti Braga, Renato Fernandes Soares e Viação Riacho Grande Ltda
Tarifa: R$ 3,30
São Bernardo do Campo é operado por um único consórcio de transportes, que foi formado após a privatização da ETCSBC – Empresa de Transportes Coletivos de São Bernardo do Campo:
SBCTRANS – São Bernardo Consórcio de Transportes: Auto Viação ABC Ltda, Baltazar José de Sousa, João Antônio Setti Braga, Renato Fernandes Soares e Viação Riacho Grande Ltda
SÃO CAETANO DO SUL:
Tarifa: R$ 3,30
Operado exclusivamente pela Vipe
Viação Padre Eustáquio Ltda: Fábio Eustáquio Silveira e Fahel Participações Ltda
DIADEMA:
Tarifa: R$ 3,20
Em 2012, houve mudança nos transportes, com a saída da Viação Imigrantes e entrada de um grupo de Recife no lugar e a privatização da ETCD – Empresa de Transportes Coletivos de Diadema
MobiBrasil Transporte Diadema Ltda: Niege Rossiter Chaves, empresária de Recife que assumiu as operações da Viação Imigrantes
Benfica Transportadora Turística – assumiu as linhas da ETCD no processo de privatização da empresa: Elizabeth Gomes de Figueiredo Freitas, José José Paes de Figueiredo Freitas, José Roberto Alves Freitas, Maria Isabel de Figueiredo Freitas Callegaro, Marilene Freitas Carreira, Paulo Narciso Fuso, Zaíra da Conceição Gomes Figueiredo
Tarifa: R$ 3,20
Em 2012, houve mudança nos transportes, com a saída da Viação Imigrantes e entrada de um grupo de Recife no lugar e a privatização da ETCD – Empresa de Transportes Coletivos de Diadema
MobiBrasil Transporte Diadema Ltda: Niege Rossiter Chaves, empresária de Recife que assumiu as operações da Viação Imigrantes
Benfica Transportadora Turística – assumiu as linhas da ETCD no processo de privatização da empresa: Elizabeth Gomes de Figueiredo Freitas, José José Paes de Figueiredo Freitas, José Roberto Alves Freitas, Maria Isabel de Figueiredo Freitas Callegaro, Marilene Freitas Carreira, Paulo Narciso Fuso, Zaíra da Conceição Gomes Figueiredo
MAUÁ:
Tarifa: R$ 3,30
Por 30 anos, a cidade esteve sob o monopólio de transportes comandando por Baltazar José de Sousa. Este monopólio foi quebrado em 2010, com a entrada da Leblon Transporte Passageiros no lote 02, pertencente a um grupo que opera o sistema de Curitiba e Fazenda Rio Grande, no Paraná.
Viação Cidade de Mauá (antiga Viação Barão de Mauá): Baltazar José de Sousa, Dierly Baltasar Fernandes Sousa
Leblon Transporte de Passageiros (mantém o nome desde a fundação): Haroldo Isaak e Ronaldo Isaak
Tarifa: R$ 3,30
Por 30 anos, a cidade esteve sob o monopólio de transportes comandando por Baltazar José de Sousa. Este monopólio foi quebrado em 2010, com a entrada da Leblon Transporte Passageiros no lote 02, pertencente a um grupo que opera o sistema de Curitiba e Fazenda Rio Grande, no Paraná.
Viação Cidade de Mauá (antiga Viação Barão de Mauá): Baltazar José de Sousa, Dierly Baltasar Fernandes Sousa
Leblon Transporte de Passageiros (mantém o nome desde a fundação): Haroldo Isaak e Ronaldo Isaak
RIBEIRÃO PIRES:
Tarifa: R$ 3,30
A cidade tinha duas empresas, a Rigras e a Irmãos Correia. A Irmãos Correia apresentou problemas financeiros e a Rigras assumiu suas linhas:
RIGRAS Transportes Coletivos e Turismo Ltda: Liderada por Nivaldo Aparecido Gomes com Alterina Saburi Franchini, Ivana Franchini Gomes, Jaime João Franchini e Maurício Franchini
Tarifa: R$ 3,30
A cidade tinha duas empresas, a Rigras e a Irmãos Correia. A Irmãos Correia apresentou problemas financeiros e a Rigras assumiu suas linhas:
RIGRAS Transportes Coletivos e Turismo Ltda: Liderada por Nivaldo Aparecido Gomes com Alterina Saburi Franchini, Ivana Franchini Gomes, Jaime João Franchini e Maurício Franchini
RIO GRANDE DA SERRA:
Tarifa: R$ 2,60 – ainda não houve aumento
Operada pela Viação Talismã, que provém da Viação Pérola da Serra:
Viação Talismã: liderada por José Pereira, em nome Leandro Ricardo Ferreira e Aline Ferreira
Tarifa: R$ 2,60 – ainda não houve aumento
Operada pela Viação Talismã, que provém da Viação Pérola da Serra:
Viação Talismã: liderada por José Pereira, em nome Leandro Ricardo Ferreira e Aline Ferreira
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes
Reprodução e Divulgação de João Manoel (Equipe Litoralbus)
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